sexta-feira, 22 de julho de 2011

MATO GROSSO

História de Mato Grosso


O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DE MATO GROSSO
O Mato Grosso é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Centro-Oeste. Tem como limites: Amazonas, Pará ; Tocantins, Goiás ; Mato Grosso do Sul ; Rondônia e Bolívia . Ocupa uma área de 903.357 km², pouco menor que a Venezuela. Sua capital é Cuiabá.

As cidades mais importantes do Mato Grosso são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Barra do Garças, Sinop, Tangará da Serra, Cáceres, Comodoro, Primavera do Leste, Sapezal, Alta Floresta e Sorriso. Extensas planícies e amplos planaltos dominam a área. Os rios Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Rio Guaporé,Piqueri, São Lourenço, das Mortes e Cuiabá são os rios principais.

Pelo Tratado de Tordesilhas o território do atual estado do Mato Grosso pertencia à Espanha. Os jesuítas, a serviço dos espanhóis, criaram os primeiros núcleos, de onde foram expulsos pelos bandeirantes paulistas em 1680. Em 1718, a descoberta do ouro acelerou o povoamento. Em 1748, para garantir a nova fronteira, Portugal criou a capitania de Mato Grosso e lá construiu um eficiente sistema de defesa.

Durante as bandeiras, que eram feito através dos bandeirantes - homens valentes que introduziam no sertão, movidos pelo desejo de encontrar jazidas de metais preciosos e outras riquezas e, ainda, aprisionar selvagens, a fim de vendê-los como escravos aos colonizadores - uma expedição chegou ao rio Coxipó em busca dos índios coxiponés e logo descobriram ouro nas margens do rio, alterando assim o objetivo da expedição. Em 1719 foi fundado o Arraial da Forquilha, às margens do rio Coxiponés, formando o primeiro grupo de população organizado na região - atual cidade de Cuiabá. A região de Mato Grosso era subordinada a Rodrigo César de Menezes. Para intensificar a fiscalização da exploração do ouro e a renda ida para Portugal, o governador da Capitania muda-se para o Arraial e logo o eleva a nível de vila chamando de Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá. A produção de ouro começou a cair no início do século XIX. Em 1892, durante a derrubada do governo de Manuel Murtinho, houve, por parte dos revoltosos, uma intenção de separação de Mato Grosso da República dos Estados Unidos do Brasil, criando-se, para tanto, o Estado Livre da República Transatlântica - o que não encontrou apoio.
Em 1917, a situação se agravou, provocando intervenção federal. Com a chegada dos seringueiros, pecuaristas e exploradores de erva-mate na primeira metade do século XIX, o estado retomou o desenvolvimento.
A erva-mate durou aproximadamente de 1882 a 1947 com o pioneirismo de Tomás Laranjeira como consta no decreto de 1879 dando a permissão para o cultivo. No início vários imigrantes de áreas ervatais do Paraguai vieram a Mato Grosso mas as condições para a produção eram muito desfavoráveis, não havia infra-estrutura causando muitas doenças. A produção na década de 1920 alcançou seu ápice e devido ao cancelamento do decreto a partir de 1937 até o fim das ervas em 1947.
 A poaia foi um dos principais produtos de exportação para Europa durante o século XIX para a fabricação de remédios. A borracha era extraída da mangabeira nas matas às margens das baias do Paraguai e Amazonas. O látex, extraído das árvores, era exportado e para consumo interno.

Em 1977, a parte sul do estado foi legalmente desmembrada, formando assim um novo estado, o Mato Grosso do Sul - o que na prática só se daria em 1979.

Primeiros tempos

O primeiro a desbravar a área que viria a constituir o estado do Mato Grosso foi o português Aleixo Garcia de nacionalidade espanhola. Em 1525, ele atravessou o os rios Paraná e Paraguai com dois mil homens, avançou até a Bolívia. De volta, com grande quantidade de prata e cobre, Garcia foi morto por índios paiaguás.

Corrida do ouro

A notícia de índios pouco ariscos e descuidados logo se espalhou. Em 1718, um bandeirante de Sorocaba, Pascoal Moreira Cabral Leme, descendente de índios, subiu o rio Coxipó até atingir a aldeia destruída dos coxiponés, onde deu início à rancharia de uma base de operações. Às margens do Coxipó e do Cuiabá, Cabral Leme descobriu abundante jazida de ouro, ou melhor, a maior reserva que se teria achado em todo o Brasil. A caça ao índio cedeu vez, então, às atividades mineradoras. Em 8 de abril de 1719, foi lavrado o termo de fundação do arraial de Cuiabá, e aclamou-se Pascoal guarda-mor regente "para poder guardar todos os ribeiros de ouro, socavar, examinar, fazer composições com os mineiros e botar bandeiras, tanto aurinas, como ao inimigo bárbaro".
A notícia da descoberta de ouro não tardou em transpor os sertões, dando motivo a uma corrida sem precedentes para o oeste. A viagem até Cuiabá, distante mais de 500 léguas do litoral atlântico, exigia de quatro a seis meses, e era arriscada e difícil em consequência do desconforto, das febres e dos ataques indígenas.

Defesa da terra
As lavras de ouro intensificaram o povoamento do Mato Grosso e impuseram a estruturação de um poder local para melhorar a fiscalização dos tributos e a vigilância dos limites com as terras espanholas. Em 9 de maio de 1748, um alvará de D. João V criou a capitania de Cuiabá, com privilégios e isenções para aqueles que lá quisessem fixar-se, com o objetivo de fortalecer a colônia do Mato Grosso e, assim, conter os vizinhos, além de servir de barreira a todo o interior do Brasil.

Guerra do Paraguai

Brasil e Paraguai entram em guerra e algumas cidades de Mato Grosso são as mais prejudicadas. O Senhor Leverger recebeu ordem de concentrar toda a força militar da província no baixo Paraguai, para esperar os navios que deveriam subir o rio com ou sem licença de Solano López. Mudou-se então para o forte de Coimbra, onde permaneceu cerca de dois anos.
Logo que o Paraguai rompeu as hostilidades, revelou-se a fraqueza do sistema defensivo brasileiro no Mato Grosso, prevista por Leverger. Caiu logo Coimbra, após dois dias de resistência. Em seguida, foi a vez de Corumbá e da colônia de Dourados. A guerra seguiu seu curso, marcada por episódios como a retirada de Laguna, a retomada e subsequente abandono de Corumbá. Dessa cidade, as tropas brasileiras trouxeram para Cuiabá uma epidemia de varíola que teve efeitos devastadores. Para o povo, 1867 foi marcado pela retomada de Corumbá.

Separação

A velha ideia da separação só veio a triunfar em 1977, por meio de uma lei complementar que desmembrou 357 471,5km2 do estado para criar o Mato Grosso do Sul. A iniciativa foi do governo federal, que alegava, em primeiro lugar, a impossibilidade de um único governo estadual administrar área tão grande e, em segundo, as nítidas diferenças naturais entre o norte e o sul do estado. A lei entrou em vigor em 1º de janeiro de 1979.
As políticas econômicas de apoio preferencial à exportação e à ocupação e desenvolvimento da Amazônia e do Centro-Oeste, implantadas a partir da década de 1970, levaram a novo surtos de progresso no Mato Grosso. A construção de Brasília contribuiu para acabar com a antiga estagnação. Uma vez inaugurada a nova capital, o Mato Grosso continuou a atrair mão de obra agrícola de outros estados, pois oferecia as melhores áreas de colonização do país. Graves problemas persistiram, porém, na década de 1980. O sistema de transporte, embora tenha ganho a rodovia Cuiabá-Porto Velho em setembro de 1984, ainda não bastava para escoar a produção estadual; as instalações de armazenamento deixavam a desejar; a disponibilidade de energia elétrica (120.000 kW em 1983) era insuficiente; eram precários o saneamento e os serviços de saúde e educação.
Também o problema ecológico apresentava-se gravíssimo: inúmeras espécies dessa região já haviam sido extintas e outras estavam em processo de extinção, como os jacarés, caçados à razão de dezenas de milhares por mês. Para coibir esses abusos, o governo federal lançou a operação Pantanal e criou o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense. Como é próximo a São Paulo e outros grandes centros, o estado ficou com melhores condições financeiras e até hoje seu destaque econômico é melhor em relação a Mato Grosso.

Economia atual
O Mato Grosso teve o maior crescimento do Brasil de 1985 até 2002. Nos dias atuais está superando os ultimos anos em crescimento
A pecuária e a agricultura foram e continua sendo os principais sistemas comerciais de Mato Grosso do Século XX a XXI. Devido o crescimento econômico com as exportações, Mato Grosso é o 2º maior exportador na pauta do agronegócio do país. Suas exportações detém 65% de tudo que o centro-oeste exporta.
Mato Grosso é o maior produtor de algodão e de soja do Brasil. É destaque também na produção de girassol. Os índices de produtividade no estado superam a média nacional, chegando a alcançar os níveis de produtividade da produção norte-americana. Toda essa produtividade é resultado de uma agricultura moderna, mecanizada e de precisão.
A pecuária é outro destaque na economia do Mato Grosso. O rebanho bovino no estado está entre os maiores do Brasil, competindo principalmente com seus vizinhos, da mesma região. A criação de suínos também é expressiva.
O extrativismo, tanto vegetal como mineral, são de grande importância para a economia do estado. O extrativismo vegetal tem como principais produtos a madeira, a borracha e a castanha-do-pará. A madeira extraída na região tem alto valor comercial, como o jacarandá preto, angico, aroeira, peroba, canela, jequitibá, entre outras. O ouro, o calcário e o estanho são os principais produtos do extrativismo mineral.
O turismo ecológico é um dos setores que mais cresce, graças à natureza exuberante de locais como o Pantanal e a Chapada dos Guimarães.
A pesca esportiva - pesque-e-solte - atrai turistas do Brasil todo, pois nos rios do estado são encontrados os mais cobiçados peixes de água doce, como o Dourado, o Pacu, o Jaú, o Matrinchã, entre outros.

Mato Grosso é um pedacinho das maravilhas do Brasil.

A origem do nome Mato Grosso
Em 1734 a captura de índios Parecis as margens do rio Galera, no vale do Guaporé onde deram o nome de Minas do Mato Grosso por ser uma área de mata fechada ‘grossa’ como era chamada na época. Foi assim que surgiu o nome Mato Grosso.
E sua capita, Cuiabá, antes era Vila Bela da Santíssima Trindade.

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